domingo, 21 de outubro de 2012

Como um jovem poderá ter vida pura (SL 119,9)?


Quando nos referimos ao Sexto Mandamento, não pecar contra a castidade, há uma tendência, equivocada, de reduzir a castidade à prática sexual. Ora, a sexualidade, dentro do matrimônio, vivida no amor, entre um homem e uma mulher, é dom de Deus (GN 2, 24). Portanto, não é impura. Ser casto é, antes de tudo, ser puro.
            Assim sendo, há muitos que têm uma vida sexual ativa e são castos – casais devidamente casados que buscam viver a santidade do Matrimônio – e muitos que, embora solteiros, não o são, pois em seu coração só há maldade. “Bem aventurados os puros de coração porque verão a Deus” (MT 5,8).
            Todavia, se, por um lado, a castidade não se reduz à vida sexual, por outro, esta constitui um elemento importante da pureza interior.
            Vivemos em uma sociedade erotizada. Os meios de comunicação têm sido um incentivo à precoce iniciação sexual. Não raro, nossas crianças são vestidas, por seus pais, como meretrizes. Tudo tem seu tempo. Não se pode queimar etapas. Que as crianças vivam como crianças e que os jovens entendam que sexo é apenas um aspecto da vida humana e não aquilo que a orienta plenamente.
            Essa conjuntura tem levado os jovens ao sexo pelo sexo. A outra pessoa é só um objeto do seu prazer. E pior, um objeto descartável: usa-se e joga-se fora. É como um produto na prateleira do supermercado: você paga por ele e faz o que quiser.
            Confrontando com a palavra de Deus, isso é uma aberração. O ser humano não é coisa, “é imagem e semelhança de Deus” (GN 1, 26). Qualquer ação que negue essa verdade é impura.
            E como os jovens podem fugir desse paradigma? Desvendando a Palavra de Deus, ensina-nos o salmista (SL 119,9).
            A Palavra de Deus transforma os corações, dá uma boa consciência; ilumina os que estão nas trevas e levanta os caídos. Que Os Jovens redescubram a alegria de celebrar Deus de coração reto (SL 119,7)!
            O Sexo, quando vivido, dentro do Santo Matrimônio, como sinal de comunhão, de entrega total ao outro, cujo outro você quer fazer feliz e não apenas procurar a própria felicidade, é um caminho de salvação. Mas, quando faz do outro apenas um objeto de prazer, é um caminho certo de impureza e perdição.
            Que Deus os ajude a perseverar na escuta e vivência da Palavra de Deus, para que sejam todos santos, realidade para a qual Deus os chamou desde toda a eternidade.
                                                                     Sem. Roberto Domingos 

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