Quando nos
referimos ao Sexto Mandamento, não pecar contra a castidade, há uma tendência,
equivocada, de reduzir a castidade à prática sexual. Ora, a sexualidade, dentro
do matrimônio, vivida no amor, entre um homem e uma mulher, é dom de Deus (GN
2, 24). Portanto, não é impura. Ser casto é, antes de tudo, ser puro.
Assim sendo, há muitos que têm uma
vida sexual ativa e são castos – casais devidamente casados que buscam viver a
santidade do Matrimônio – e muitos que, embora solteiros, não o são, pois em
seu coração só há maldade. “Bem aventurados os puros de coração porque verão a
Deus” (MT 5,8).
Todavia, se, por um lado, a
castidade não se reduz à vida sexual, por outro, esta constitui um elemento
importante da pureza interior.
Vivemos em uma sociedade erotizada.
Os meios de comunicação têm sido um incentivo à precoce iniciação sexual. Não
raro, nossas crianças são vestidas, por seus pais, como meretrizes. Tudo tem
seu tempo. Não se pode queimar etapas. Que as crianças vivam como crianças e
que os jovens entendam que sexo é apenas um aspecto da vida humana e não aquilo
que a orienta plenamente.
Essa conjuntura tem levado os jovens
ao sexo pelo sexo. A outra pessoa é só um objeto do seu prazer. E pior, um objeto
descartável: usa-se e joga-se fora. É como um produto na prateleira do
supermercado: você paga por ele e faz o que quiser.
Confrontando com a palavra de Deus,
isso é uma aberração. O ser humano não é coisa, “é imagem e semelhança de Deus”
(GN 1, 26). Qualquer ação que negue essa verdade é impura.
E como os jovens podem fugir desse
paradigma? Desvendando a Palavra de Deus, ensina-nos o salmista (SL 119,9).
A Palavra de Deus transforma os
corações, dá uma boa consciência; ilumina os que estão nas trevas e levanta os
caídos. Que Os Jovens redescubram a alegria de celebrar Deus de coração reto
(SL 119,7)!
O Sexo, quando vivido, dentro do
Santo Matrimônio, como sinal de comunhão, de entrega total ao outro, cujo outro
você quer fazer feliz e não apenas procurar a própria felicidade, é um caminho
de salvação. Mas, quando faz do outro apenas um objeto de prazer, é um caminho
certo de impureza e perdição.
Que Deus os ajude a perseverar na
escuta e vivência da Palavra de Deus, para que sejam todos santos, realidade
para a qual Deus os chamou desde toda a eternidade.
Sem.
Roberto Domingos
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